O signo de Peixes é muitas vezes descrito como o mais místico do zodíaco. Associado à intuição, ao sonho e à espiritualidade, ele nos lembra que nem tudo na vida pode ser explicado de forma lógica ou concreta. Quem nasce sob a influência de Peixes costuma carregar uma sensibilidade que transborda, como se tivesse os pés neste mundo, mas a alma sempre navegando em mares mais profundos.
Mas, além da astrologia, também podemos olhar para o arquétipo das deusas que representam esse signo. Cada deusa, em diferentes mitologias, guarda um pedaço do mistério pisciano: a entrega, a compaixão, a transcendência e a conexão com o invisível. Vamos conhecer algumas delas?
Yemanjá – A rainha dos mares
Na cultura afro-brasileira, Yemanjá é a grande mãe, senhora das águas salgadas e mãe de quase todos os orixás. Sua imagem está profundamente ligada ao oceano, território natural de Peixes. Yemanjá traz consigo a ideia de acolhimento, compaixão e cuidado materno – qualidades tipicamente piscianas.
Os piscianos são conhecidos por absorverem as dores dos outros e por oferecerem colo quando mais precisamos. Essa energia é muito semelhante à de Yemanjá, que acolhe os filhos que a buscam nas praias, jogando flores, perfumes ou bilhetes com pedidos.
Se Peixes tivesse uma coroa, certamente estaria enfeitada de conchas e pérolas, lembrando o brilho suave de Yemanjá sob a luz da lua.
Afrodite – A deusa do amor que nasceu do dar
Na mitologia grega, Afrodite (ou Vênus, para os romanos) nasceu da espuma do mar. Embora normalmente associada a Touro e Libra, Afrodite também pode ser vista como uma deusa pisciana pela forma como une amor, sensualidade e inspiração.
O amor de Peixes não é apenas físico ou prático; é um amor que transcende, que sonha, que se entrega por inteiro. Afrodite, emergindo das ondas, traz essa ligação entre o mar e o desejo de fusão. Além disso, Peixes é regido por Netuno, planeta das ilusões e da inspiração artística – e Afrodite inspira artistas desde a antiguidade com sua beleza e magnetismo.
Ísis – A deusa da magia e da cura
No Egito antigo, Ísis era vista como uma deusa poderosa, ligada à maternidade, à magia e à proteção. Sua compaixão era tão grande que chorou pelas lágrimas de todos, trazendo fertilidade às terras do Nilo.
Essa figura se aproxima do arquétipo pisciano na capacidade de amar incondicionalmente e na força de transformar dor em poder espiritual. Ísis nos lembra que a vulnerabilidade pode ser uma fonte de magia, algo que Peixes entende muito bem. A energia pisciana se abre ao sofrimento alheio, mas ao mesmo tempo é capaz de curar através dessa abertura.
Kuan Yin – A deusa da compaixão
Na tradição budista, Kuan Yin (ou Avalokiteshvara, em sua forma masculina) é a bodhisattva da compaixão infinita. É impossível falar de Peixes sem mencionar compaixão, e ninguém representa isso melhor que Kuan Yin.
Diz-se que Kuan Yin escuta o sofrimento de todos os seres e responde com misericórdia. Essa qualidade de empatia profunda, de colocar-se no lugar do outro e agir em benefício coletivo, é a essência pisciana. Peixes é o signo que dissolve o ego e percebe que todos estamos conectados.
Kuan Yin é como uma bússola espiritual para Peixes: mostra que sentir profundamente não é fraqueza, mas um dom que pode transformar o mundo.
O mistério Pisciano e suas deusas
Cada uma dessas deusas mostra uma faceta de Peixes: Yemanjá com o acolhimento, Afrodite com o amor transcendente, Ísis com a magia e a cura, Kuan Yin com a compaixão. Todas têm em comum a ligação com a água e com a sensibilidade profunda, duas marcas registradas do signo.
Peixes é o último signo do zodíaco, e por isso carrega dentro de si um pouco de todos os outros. É como se fosse um caldeirão cósmico, onde as experiências da vida se dissolvem e se tornam sabedoria espiritual. As deusas piscianas também são assim: não pertencem a um só povo, mas à humanidade como um todo, pois falam daquilo que nos une – o amor, a fé e a busca por algo maior.
A deusa de Peixes não é apenas uma: é uma constelação de arquétipos femininos que refletem a profundidade do oceano interior desse signo. Quando pensamos em Yemanjá, Afrodite, Ísis ou Kuan Yin, estamos, de alguma forma, enxergando os diferentes espelhos da alma pisciana.